REFLEXOS DA CULTURA PATRIARCAL NORTEIAM PALESTRA DO PROJETO “PFN E GÊNERO” – SINPROFAZ

NOTÍCIAS


Confira as notícias

30 jun, 2021

REFLEXOS DA CULTURA PATRIARCAL NORTEIAM PALESTRA DO PROJETO “PFN E GÊNERO”


Promovido pelo SINPROFAZ, o projeto PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos motivou debates sobre raça, classe, tributação e vários outros temas. Para encerrar a série de eventos, a Carreira assistiu ao webinar Olhos nos olhos, quero ver o que você faz! – A construção das masculinidades e a análise psicológica da violência masculina. Na ocasião, a palestrante Ana Lucia Gomes abriu as exposições. Fundadora e gerente de projetos da BeChange – Consultoria de Impacto Político e Social, ela é mestra em saúde coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, onde se especializou no campo da violência de gênero.

De acordo com Ana Lucia Gomes, dentro da cultura patriarcal em que vivemos, somos ensinados desde crianças a representar papéis definidos pelo gênero. A cultura machista, de dominação e opressão das mulheres, impõe, por exemplo, as características esperadas para o homem: ele deve ser forte, viril, invulnerável e provedor. “Essa masculinidade perversa tem consequências perigosas para os homens, mas também para as mulheres, que são vítimas de violência patrimonial, física e psicológica, de estupros e de feminicídios.” Ao abordar o tema dos estereótipos, a palestrante ressaltou que a maioria dos casos de violência ocorre dentro de casa e com abusadores cujas características físicas não despertam medo ou desconfiança.

A especialista lembrou a pesquisa realizada na oportunidade do mestrado: Ana Lucia Gomes tomou por referência a campanha “Meu primeiro assédio” e analisou relatos de mulheres vítimas de abusos. Segundo a palestrante, os casos ocorreram quando as vítimas ainda eram crianças e os abusadores, à época, foram tratados como doentes. “Precisamos discutir a questão da patologização do abusador. Ele não é louco ou doente, mas sim um homem violento, que faz uso dos poderes e privilégios conferidos pela cultura patriarcal.” Para Ana Lucia Gomes, temas como a pedofilia devem ser tratados para além da Classificação Internacional de Doenças (CID): é preciso levar em conta o machismo que norteia as relações sociais.

Para assistir à exposição completa, acesse: bit.ly/AnaLuciaGomes



VOLTAR