O tema “Saúde mental e estratégias de enfrentamento” norteou a palestra que a psicóloga Cássia Rocha ministrou para a Carreira, os servidores e os terceirizados da PFN. A apresentação integrou uma série de palestras promovidas pelo SINPROFAZ e pelo Grupo Nacional de Saúde Mental da Instituição. A conferencista convidada é mestra em Psicologia da Saúde, além de professora e coordenadora adjunta da Universidade Cruzeiro do Sul. Segundo Cássia Rocha, quando o assunto é saúde mental, “perceber que precisamos de ajuda é o primeiro passo. Conseguir buscar ajuda é um passo além”.
A psicóloga iniciou a palestra com um questionamento sobre o que, de fato, significa empatia. “Tão importante quanto se colocar no lugar do outro é conseguir sair desse lugar. Enquanto profissional da psicologia, preciso manter um distanciamento afetivo para não me perder na empatia. Porém, é comum que, antes de chegar a um especialista, recorramos a um colega, a um gestor. Será que esse colega ou gestor sabe o que fazer?” Segundo Cássia Rocha, o ideal é que essa pessoa acolha e incentive a busca por ajuda especializada. “Isso é se colocar no lugar do outro e sair para acionar um profissional.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o termo “saúde” como o estado de completo bem-estar físico, mental e social – a saúde, então, não está relacionada apenas à ausência de doenças. A psicóloga ressaltou, no entanto, que estar saudável não significa estar imune a conflitos e aflições. A questão é o quanto essas situações conseguem afetar o indivíduo e exigir dele certo comportamento. “Por vezes nossos recursos internos de enfrentamento não são suficientes. Então precisamos de recursos externos capazes de nos fortalecer para darmos conta das situações”, explicou Cássia Rocha.
A palestrante abordou ainda o tema do impacto do pós-pandemia sobre a saúde mental das pessoas. Ela ressaltou que nem toda manifestação de sintomas deve ser considerada patológica, pois boa parte das reações é naturalmente esperada em um quadro de crise como a que o mundo viveu. “O medo, por exemplo, é um sinal importante de alerta. Se, entretanto, ele se transforma em fator incapacitante, então o cuidado de um especialista se torna essencial.” Por fim, Cássia Rocha destacou a necessidade de se construir uma rede de apoio, a qual, muitas vezes, vai além da família e inclui especialistas da saúde.
Acesse o YouTube e assista à palestra completa: bit.ly/SetembroAmareloSINPROFAZ