O SINPROFAZ e o Grupo Nacional de Saúde Mental – PGFN se uniram para realizar um evento conjunto motivado pelo Setembro Amarelo. Realizadas ontem (19), as palestras ocorreram na sede da PRFN3, em São Paulo/SP, e contaram com transmissão virtual. PFNs, servidores, terceirizados e estagiários de todo o país puderam acompanhar ao vivo as exposições realizadas ao longo da tarde. O evento contou com palestras dos psicólogos Cristiano Costa, coordenador do Projeto do SINPROFAZ de Saúde Mental e Qualidade de Vida na PFN, e Cássia Rocha, responsável pelo Projeto Lugar de Cuidado, da Universidade Cruzeiro do Sul. Para a conferência central, o convidado foi o médico neurologista Leandro Teles, da Universidade de São Paulo.
Teles é autor de quatro livros sobre saúde mental e cognitiva e é membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). Na conferência voltada para os integrantes da Procuradoria da Fazenda Nacional, o especialista abordou os sintomas e os determinantes do burnout. Definido como o estágio mais profundo do esgotamento físico e mental, o burnout é, segundo o conferencista, a maior causa de absenteísmo no trabalho atualmente. É, ainda, uma causa do “presenteísmo”, isto é, quando pessoas doentes, absolutamente fatigadas, seguem trabalhando em detrimento da própria saúde. “O estresse descompensado equivale ao pré-burnout, cujos sinais são dor de cabeça, problemas no sono, dificuldades de relacionamento. O burnout é o desfecho dessa luta.”
Os “Cinco passos para um Setembro Amarelo na PFN” foram apresentados na palestra de Cristiano Costa. De acordo com o psicólogo, os cinco passos são, em ordem, os seguintes: ouvir o próprio coração, em suas facetas luminosa e sombria; falar com alguém sobre o que de bom ou ruim o coração vem expressando; conversar com especialistas da saúde mental; começar uma atividade que promova entusiasmo pessoal e, por fim, tomar a iniciativa de realizar algo que faça bem ao corpo e à mente – uma atividade física, uma reeducação alimentar, uma vida social mais ativa. “Os pensamentos, favoráveis e desfavoráveis, não podem ficar limitados à nossa individualidade. Hoje temos, no Brasil, uma diversidade de psicoterapias, com as mais diversas abordagens”, incentivou o psicólogo.
A exposição foi seguida pela palestra “Saúde mental e estratégias de enfrentamento”, ministrada por Cássia Rocha. A psicóloga chamou o público para refletir sobre formas adequadas de se reagir a situações difíceis. Conforme a palestrante convidada, no campo mental, é fundamental buscar analisar as situações da forma mais realista possível e, assim, evitar idealizações. Também é preciso aceitar apoio emocional e oferecer apoio sempre que puder. Recomenda-se, ainda, experimentar novas formas de expressão, como a pintura, a escrita e a música. Ao falar da importância de que a identificação de doenças mentais seja feita por um especialista, Cássia Rocha destacou que “somente um profissional especializado é capaz de avaliar o quadro e definir um diagnóstico”.
A íntegra do Setembro Amarelo 2022 pode ser assistida em: bit.ly/SetembroAmareloSINPROFAZ