No 19º Encontro Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, realizado de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2019, em Florianópolis/SC, os participantes puderam assistir a palestra da jornalista Liliane Pinheiro, especialista em comunicação corporativa e consultora do SINPROFAZ. Ao longo da exposição, Liliane falou sobre o novo modelo da comunicação: a realizada “olho no olho”, com mais transparência, e que é capaz de aproximar as pessoas nestes tempos em que estão todos tão conectados, mas tão distantes uns dos outros.
De acordo com o consultora do SINPROFAZ, o papel dos agentes públicos no contexto atual é o de ser mais simples, empático e claro. Para Liliane Pinheiro, não se pode abrir mão dos relacionamentos, especialmente daqueles que estão em jogo num ambiente polarizado. “Devemos assumir este novo momento da comunicação e buscar conexões a partir das diferenças. Isso não significa abrir mão da discussão, mas sim encontrar pontos em comum.” A jornalista falou também sobre o fim da privacidade e sobre a consciência que os agentes públicos devem ter a respeito dos riscos inerentes à exposição.
Liliane Pinheiro abordou ainda a questão das fake news. Segundo a especialista, falar a verdade atualmente se tornou mais difícil que contar uma mentira, pois o grupo da família no WhatsApp tem, hoje, mais relevância em termos de informação que o artigo publicado no Estadão ou que a matéria veiculada pela Folha de S.Paulo. “Vivenciamos o ‘crash’ da confiança: as pessoas não acreditam mais na mídia, nas instituições, nas marcas. Como fazer comunicação nesse ambiente? Assumindo postura e espaço e resgatando a confiança. É necessário romper com o modelo. Nosso desafio é o de propagar a verdade”, ressaltou.
Para a jornalista, os PFNs se tornaram verdadeiros produtores de conteúdo, capazes de interferir, inclusive, na imagem da Procuradoria da Fazenda Nacional perante a sociedade: “A Carreira e o serviço público como um todo vivem uma crise de imagem, o que, dentro do ambiente polarizado das redes sociais, ganha repercussão ainda maior. Precisamos ter consciência disso e buscar aproximar o cidadão comum da atividade tão relevante desempenhada pelos PFNs. A imprensa já não é a única a fornecer informação. Cada um dos senhores, no debate diário junto aos colegas, também é agente formador de opinião”.