SINPROFAZ APRESENTA À CARREIRA OS RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO DE SAÚDE MENTAL – SINPROFAZ

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11 maio, 2021

SINPROFAZ APRESENTA À CARREIRA OS RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO DE SAÚDE MENTAL


A Carreira conheceu, na manhã de hoje (11), os resultados do Diagnóstico Epidemiológico de Saúde Mental e Qualidade de Vida e de Trabalho na PFN. O evento virtual foi conduzido por José Ernane Brito, que deu início às exposições da ocasião. De acordo com o presidente do SINPROFAZ, “trouxemos aqui resultados que gerarão demandas a serem cobradas junto à Administração e em parceria com o Departamento de Gestão Corporativa – DGC, visando à construção de dias melhores para as procuradoras e os procuradores da Fazenda Nacional. Já solicitamos à PGFN um sistema integrado de atenção à saúde mental dos PFNs e servidores. A saúde mental é uma questão caríssima ao SINPROFAZ. Não nos desligaremos dela um só minuto”.

Valéria Ferreira deu continuidade aos trabalhos. Segundo a diretora, o SINPROFAZ tem se dedicado a conhecer bem a Carreira. Por meio do Diagnóstico, buscou compreender questões internas, com a finalidade última de construir uma PGFN mais acolhedora e humana: “A saúde mental é bastante estigmatizada. Acredito que o Diagnóstico possa ser o início de uma nova filosofia dentro da PFN”. Em apoio à fala que o antecedeu, o convidado Aleksey Cardoso, diretor do DGC, parabenizou o Sindicato pela pesquisa e reiterou que “a PGFN caminha ao lado do SINPROFAZ em iniciativas sobre a saúde mental e a qualidade de vida e de trabalho das pessoas que integram a Instituição. As portas do DCG estão abertas, pois essa é uma pauta comum”.

O Diagnóstico
Entre os dados revelados pela pesquisa, esteve a informação de que 29% dos respondentes enfrentaram algum problema no trabalho, nos últimos 90 dias, em decorrência do estado de saúde – entre as procuradoras, esse percentual foi de 38%. Conforme o Diagnóstico, 67% dos participantes da pesquisa afirmaram se sentir nervosos, tensos ou preocupados; 47% disseram dormir mal e 46% declararam se sentir cansados durante a maior parte do tempo. Ademais, 34% afirmaram precisar de acompanhamento médico ou medicação para levar a vida no dia a dia. Outra informação de destaque foi a de que 31% dos respondentes, isto é, 178 PFNs, já sofreram constrangimento, intimidação ou ameaça no desempenho do trabalho a ponto de sentir medo, ódio ou horror da situação.

Os resultados do Diagnóstico foram apresentados pelo coordenador do Projeto de Saúde Mental e Qualidade de Vida na PFN, Cristiano Costa, sócio-administrador da Psych – Psicologia Clínica e Organizacional, empresa responsável pela pesquisa. O psicólogo chamou a atenção para os transtornos do pensamento e a relação entre eles e o modo como o cotidiano de trabalho se estrutura. Ao analisar os dados coletados, ressaltou um deles: “Quando perguntamos sobre o pensamento de acabar com a própria vida, tivemos um escore de 2,6%. Pode parecer pouco, mas não podemos nos perder nas estatísticas”. Segundo Cristiano Costa, se aplicado o percentual ao total de PFNs, tem-se que “55 estão, neste momento, imantados à ideação suicida”.

Após abordar o problema do burnout, que se relaciona à exaustão, à perda da energia vital, Cristiano Costa alertou: “Se você é uma dessas 55 pessoas, ative o benefício do Zenklub, que o SINPROFAZ oferece aos filiados, e acione um psicoterapeuta. Saia desse lugar de isolamento, de solidão, e compartilhe suas dificuldades com alguém”. Os dados foram comentados por Beatriz Pereira, integrante do Grupo de Saúde Mental PFN-SP. De acordo com a filiada, o Diagnóstico possibilitou a constatação de que os problemas relativos à saúde mental não são uma impressão, mas uma realidade em todo o país. “Isso me trouxe uma preocupação gigante. Saber que 2,6% da Carreira declara expressamente que pensa em suicídio é muito preocupante.”

Para conferir o Relatório do Diagnóstico, acesse www.sinprofaz.org.br/pdfs/diagnostico-de-saude-mental-qvt-na-pfn-2021.pdf

Assista à íntegra do evento no YouTube do SINPROFAZ: youtu.be/YdKp3JWS_wU



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