Nessa quarta-feira (9), o presidente do SINPROFAZ, Achilles Frias, concedeu entrevista à TV Câmara. A conversa aconteceu logo após a participação do presidente na Audiência Pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. Na oportunidade, Achilles Frias debateu com representantes da PGFN e Receita Federal e com parlamentares da Casa os procedimentos adotados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inibir a sonegação fiscal e recuperar as receitas públicas.

Em entrevista, o presidente do SINPROFAZ chamou a atenção para os números do Sonegômetro. O placar digital revela que, de janeiro de 2016 até hoje, o rombo nos cofres públicos provocado pela sonegação já ultrapassa R$ 460 bilhões. O SINPROFAZ estima ainda que, desse montante, R$ 368 bilhões, isto é, 80% do total, foram escoados em operações de lavagem de dinheiro. Segundo Achilles Frias, esse rombo poderia ser ainda maior, não fosse a ação dos Procuradores da Fazenda Nacional.

“Embora eficiente, a Carreira atua sem a mínima estrutura. Os PFNs, advogados concursados e especialistas em sua área, trabalham com sistemas informatizados obsoletos e sem carreira de apoio. Mesmo sem o devido orçamento, a Fazenda Nacional é superavitária. Para cada R$ 1 aplicado na PGFN, há retorno de R$ 800 para a União. Se houvesse investimento no órgão, inclusive com a nomeação de todos os aprovados no concurso para Procurador da Fazenda Nacional, o ajuste fiscal, que penaliza a economia e o cidadão, seria desnecessário”, destacou o presidente do SINPROFAZ.