O SINPROFAZ, representado pelo presidente José Ernane Brito, participou na terça-feira (11) de Assembleia Geral das entidades integrantes do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado – Fonacate. Na oportunidade da reunião, foi discutida a análise do Instituto Millenium, a qual, mediante dados distorcidos sobre o funcionalismo, tenta manipular a opinião pública e colocar a sociedade contra o servidor. O Instituto tem entre os fundadores o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o economista Braúlio Cerqueira, que integra a Unacon Sindical e a Comissão de Estudos do Fonacate, o Fórum já preparou estudos que desmistificam os dados usados para atacar o funcionalismo: “Não é certo incluir os três níveis de Governo e os três Poderes para falar genericamente sobre gasto com pessoal. Há muita heterogeneidade. Nos municípios, salários de professores e médicos são inferiores aos da iniciativa privada. Nos estados, boa parte do gasto é com segurança. O nível federal concentra funções típicas de governo, militares e a alta cúpula do Judiciário e do Legislativo”.
O deputado federal Tiago Mitraud (NOVO/MG) participou da reunião. Mitraud, que é coordenador da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa, defendeu o diálogo entre servidores, parlamentares, sociedade e governo e condenou as fakenews sobre a administração pública: “Não vamos apresentar uma proposta de reforma com base na superficialidade dos dados. Nosso objetivo é dar pluralidade ao debate. Por isso estamos buscando o Fonacate e especialistas da sociedade civil organizada, como a Fundação Lemann e o Instituto República, para nos apoiar com dados técnicos”.
Por fim, tratou-se da Nota Técnica da Controladoria-Geral da União, que restringiu a liberdade de expressão dos servidores nas redes sociais. Para Guilherme Coelho, fundador do Instituto República, é clara a intenção de calar o funcionalismo: “Estamos dispostos a ir ao Judiciário para garantir o direito à liberdade de expressão”. Rudinei Marques, presidente do Fonacate, informou que, além de um parecer sobre as inconstitucionalidades da Nota, o Fórum lançará três novos cadernos sobre a Reforma Administrativa, um deles para tratar especificamente da NT.
Com informações da Ascom/Fonacate