A sonegação de impostos no Brasil, que já ultrapassa a cifra de R$317 bilhões, deve superar, até o fim de 2014, o PIB mineiro avaliado em torno de 400 bilhões. Hoje, os números da sonegação já excedem o valor de toda dívida ativa do Estado de Minas Gerais que é de quase R$ 13 bilhões. Os dados são revelados pelo placar que mede a sonegação fiscal no Brasil, o “Sonegômetro”, que chega pela primeira vez em Belo Horizonte.
O Sonegômetro foi para a capital mineira a convite da Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, que promove o seminário Inequidades do sistema tributário, no auditório da faculdade de Direito da UFMG.
Fruto de estudo do SINPROFAZ, que estima o desvio da arrecadação no País, o Sonegômetro traz, em números, a realidade do sistema tributário brasileiro, que onera a contribuição dos pobres e da classe média, mas é condescendente com a sonegação dos mais ricos e poderosos.
A diretora do Centro de Estudos Jurídicos (CEJURIS) do SINPROFAZ, Regina Hirose, ressalta alguns dos prejuízos causados cidadão pela sonegação. “Entre os meses de janeiro e agosto, já foram sonegados mais de R$317 bilhões, o que significa dizer que deixaram de ingressar nos cofres públicos preciosos recursos financeiros que deveriam ter sido destinados a relevantes políticas públicas como, por exemplo, nas áreas da educação, saúde, segurança”, destaca a procuradora da Fazenda Nacional.
O SINPROFAZ já realizou outras sete ações com painel eletrônico do Sonegômetro: cinco em Brasília, uma em São Paulo e uma em Salvador.