A precariedade do serviço de assistência médica disponibilizado aos advogados públicos do país mobilizou o Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal a buscar uma solução para o problema.
Segundo expõe Titonelli, o clima de insatisfação e insegurança é crescente entre os membros da advocacia pública, insatisfeitos com a limitação da rede de médicos e hospitais credenciados. Além da pouca experiência dos médicos, os advogados públicos reclamam das enormes filas de atendimento e da dificuldade de encontrar um horário nas consultas eletivas, além da burocracia para liberação de procedimentos médicos.
“São pouquíssimas as opções de profissionais credenciados por especialidade, o que se soma às restrições impostas para beneficiários do plano, com número máximo de atendimentos semanais, culminando com constrangedores prazos de marcação de consultas, procedimentos e mesmo cirurgias”, afirma Titonelli, lembrando que esses médicos possuem uma agenda paralela para atendimento particular.
Outro ponto destacado pelo presidente do Fórum é a deficiência no atendimento da operadora sobre dúvidas e reclamações, feito apenas por telefone e por profissionais não treinados. “Como resultado do quadro lamentável acima relatado, os advogados e procuradores por muitas vezes se vêem obrigados a procurar atendimento fora da rede credenciada ou mesmo a manutenção concomitante de outro plano de saúde, experimentando prejuízo aos seus rendimentos”.
Titonelli lembra que o serviço da operadora é contratado por licitação, mas que não há qualquer fiscalização sobre o cumprimento do contrato, “restando aos Advogados Públicos a sensação de omissão, negligência e de péssimo atendimento”. Em cartár de urgência, ele pede que a AGU nomeie um representante da advocacia pública junto à Amil para evitar consequências mais sérias.