A estimativa sobre a arrecadação é do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). O instituto prevê que até o final do ano a arrecadação chegue à marca de R$ 1,27 trilhão. Se for confirmado o número, o aumento da arrecadação em relação ao ano passado será de 16,5%. Em 2009, os três níveis de governo arrecadaram juntos R$ 1,09 trilhão.

Com isso, independentemente da idade, cada brasileiro já pagou o equivalente a R$ 5.193 de impostos nos primeiros 299 dias do ano, de acordo com o instituto. Até o final do ano, o valor per capita pode chegar a R$ 6.597.

Este é o terceiro ano consecutivo em que a arrecadação tributária supera a casa de R$ 1 trilhão. Em 2008, a marca foi alcançada no dia 15 de dezembro. No ano passado, no dia 14 de dezembro –apesar de a expectativa inicial fosse de que o número fosse atingido em novembro, o que acabou não se confirmando devido ainda à crise econômica mundial iniciada em 2008.

Agora, em 2010, a marca é atingida 50 dias antes do recorde de 2009, devido principalmente ao crescimento da economia e dos empregos formais – com uma produção maior e mais consumo, o total da arrecadação e a base de contribuintes aumentam.

Recorde em setembro
A arrecadação de impostos e contribuições federais em setembro atingiu a marca de R$ 63,419 bilhões no mês de setembro, recorde para o mês, mantendo estabilidade em relação ao mês anterior, quando foram arrecadados R$ 63,411 bilhões.

Apesar da pequena diferença entre um mês e outro, o crescimento possibilitou o registro de 12 meses consecutivos de aumento na arrecadação quando considerado o resultado de um mês em relação ao anterior.

No acumulado do ano, segundo a Receita Federal, o governo já arrecadou R$ 573,604 bilhões, um crescimento que, corrigido pela inflação do período, representa um aumento de 14,13% sobre a carga tributária federal em igual período de 2009.

O aumento na arrecadação é explicado pela Receita pela recuperação da atividade industrial, com o conseqüente aumento na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), venda de bens e massa salarial e aumento na contribuição previdenciária.