A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira, 8/9. Além do Advogado-Geral da União, estava presente a Adjunta do AGU, Rosângela Silveira. O SINPROFAZ foi representado na audiência pelo Diretor Achilles Frias.
Os dirigentes sindicais e associativos da Advocacia Pública Federal reforçaram a importância de a Advocacia-Geral da União apresentar algo concreto e imediato em relação aos pleitos das Carreiras da AGU, especialmente no que diz respeito à questão dos honorários advocatícios e da autonomia. Mas também em relação ao respeito à exclusividade no preenchimento de cargos de chefia somente por Advogados Públicos Federais concursados, anuidade da OAB, advocacia privada, entre outros.
No apagar das luzes deste governo, o Advogado-Geral da União declarou apenas que atuará (quando?) para abrir um “diálogo franco”(sic) com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e também com interlocutores no Ministério do Planejamento para tratar dos dois pleitos principais.
O AGU afirmou apenas e de forma genérica que não concorda com diferenciações entre as Funções Essenciais à Justiça e que “não faz o menor sentido a AGU ficar para trás”.
O SINPROFAZ não coonesta essa desídia. Mas a sua atribuição em dialogar à exaustão com independência e efetividade encontra no Poder Executivo dos burocratas de plantão, cabeças de planilha sem emoção ou amor pelo Brasil, um muro de insensibilidade política para a realidade vergonhosa da PGFN, em especial, e da AGU, em geral. Muro construído por seres que se consideram infensos à punição político-eleitoral de suas condutas.
Realmente, não faz o menor sentido uma AGU tão fraca. A reunião não foi uma decepção. Apenas, uma confirmação da inércia assustadora e inaceitável do governo. Parece uma derrocada inexorável e inescapável. Tudo fica irrelevante. Não há consistência ou ênfase. Parece que acabou, antes de terminar. Uma lástima para o Brasil e para a AGU.
Não há qualquer perspectiva de inflexão no governo.
Não há mais diálogo possível ou digerível com este governo.
O cisne da alienação e da certeza da impunidade eleitoral cantou.