Em sua coluna na Revista Época, o jornalista Felipe Patury comentou sobre as peças publicitárias que estavam circulando nos ônibus tipo zebrinha denunciando o sucateamento da AGU e da PGFN, e negação da carreira ao modelo Adams de gerir a instituição.
O colunista também informou que o Advogado-Geral da União havia cobrado do governo do Distrito Federal providências para que as propagandas fossem retiradas, o que de fato aconteceu.
As mensagens foram retiradas dos zebrinhas com base na Portaria n° 42, de 07 de agosto de 2008, que regula a exploração de propaganda externa e/ou interna nesse tipo de transporte de passageiros.
De acordo com o GDF, entre as vedações para veiculação de propaganda previstas na Portaria, a campanha “Fora Adams” se enquadra no dispositivo que veda “mensagem de cunho político, eleitoral ou promoção pessoal”.
O desrespeito aos termos da Portaria pode implicar, inclusive, na perda da permissão para exploração do serviço de transporte de passageiros.
Diante desta proibição, o SINPROFAZ resolveu realocar os recursos que havia destinado à propaganda via busdoor para a contratação de mais um outdoor de divulgação da campanha em local ainda a ser definido.
Já há um outdoor estampando as mensagens da campanha, próximo à Ponte do Bragueto, no sentido Eixo-Lago Norte-Sobradinho. Por esta importante via, circulam diariamente mais de 90 mil veículos, provenientes principalmente de condomínios e de algumas cidades satélites. Esta mídia alcança, portanto, indivíduos das classes A, B e C, majoritariamente servidores federais e do GDF.
O colunista James Akel, do Estadão, também abriu espaço para a campanha semana passada, lembrando que “a questão não se resume simplesmente à falta de reajuste salarial como noticia a Revista Época, mas a todo o sucateamento da advocacia pública que o ‘modelo Adams’ de administração provocou”.
Akel completou as informações com um questionamento: “como um procurador da Fazenda Nacional de carreira, como é o caso do Ministro, pode permitir, deliberadamente, que toda a advocacia pública do país seja esfacelada dessa forma, sem recursos materiais e humanos, tudo contrariamente aos interesses da coletividade”.