Participaram da reunião os dirigentes das entidades representativas da Advocacia Pública Federal, Delegado e Perito da Polícia Federal, Fiscalização da Receita Federal e do Trabalho, Relações Exteriores, Oficiais da Inteligência, Ciclo de Gestão, Núcleo Financeiro e Agências Reguladoras, que realizaram no dia anterior grande ato público conjunto em frente ao prédio daquele Ministério. Também estavam presentes na reunião o Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e a sua equipe de trabalho.
O ato público realizado em 28 de junho objetivava reverter a condução das negociações salariais que vem ocorrendo em mesas separadas com cada grupo de carreira, mas com o mesmo tratamento de descaso pelo Governo Federal, consistente na falta de apresentação de qualquer proposta concreta e objetiva de reajuste ou recomposição salarial.
A reunião foi aberta com a fala dos dirigentes associativos e sindicais presentes, que, em unanimidade, externaram a necessidade de que o Governo Federal apresente alguma proposta concreta nas negociações em curso, já que se tornou insuportável o clima de insatisfação nas carreiras.
Os Dirigentes do Forvm Nacional da Advocacia Pública Federal (Anajur – Anpprev- Anpaf- Apaferj – Apbc – Sinprofaz) e da Unafe relataram a insatisfação das carreiras da AGU com o tratamento na mesa de negociação salarial e o fosso salarial existente com outras carreiras jurídicas federais, estaduais e até municipais, informando ainda sobre o início da operação padrão decidida em algumas entidades, consistente em realização, pelos Advogados Públicos Federais, apenas das atividades estritamente exigidas em lei.
Após a manifestação dos representantes das carreiras, ouvida atentamente pelos representantes do Governo Federal, o Secretário Executivo do Planejamento, Valter Correa da Silva, afirmou que o Governo trabalha com o cenário de até 31 de julho, no mínimo, e 31 de agosto, no máximo, para continuar estudando as propostas apresentadas por cada uma das carreiras nas mesas de negociação que correm em separado. Acrescentou que neste momento não há possibilidade, inclusive, de se afirmar se haverá ou não algum reajuste salarial para 2013, mas que o Governo está estudando seriamente o assunto, em reuniões internas, e que as informações passadas aos representantes das carreiras são as que de fato devem ser levadas em consideração.
Ante a manutenção do quadro até agora apresentado, os Dirigentes enfatizaram que continuarão a realizar operações padrão, informando a possibilidade de uma greve geral, até que haja a apresentação de uma proposta concreta pelo Governo, sem descartar a necessidade de manter o diálogo com o Governo Federal.
O Secretário Executivo do Planejamento ponderou que o diálogo com as carreiras deve ser mantido, mas que assim como as carreiras, o Governo dispõe de mecanismos para trabalhar contra a pressão que venha a ser exercida pelas carreiras.
Ao final do encontro, o Secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, manteve, em consenso com as entidades, o acordo de designar novas reuniões para negociação salarial no Planejamento apenas quando houver a possibilidade de apresentação de alguma proposta pelo Governo Federal.