O ato reuniu servidores de vários segmentos, alguns já em greve. Assim como os membros da Advocacia, todos exigem mudança de postura do governo frente às reivindicações salariais.
Os Dirigentes do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal (Anpaf – Anpprev – Sinprofaz – Apaferj – Anajur – APBC), da Unafe e Anadef participaram ontem, 28, de grande Ato Público promovido também pelas carreiras de Delegado e Perito da Polícia Federal, Fiscalização da Receita Federal e do Trabalho, Relações Exteriores, Oficiais da Inteligência, Ciclo de Gestão, Núcleo Financeiro e Agências Reguladoras, em frente ao prédio do Ministério do Planejamento, em Brasília.
Cerca de dois mil integrantes dessas carreiras participaram da manifestação. O objetivo comum é reverter a condução das negociações salariais que vem ocorrendo em mesas separadas com cada grupo de carreira, mas com o mesmo tratamento de descaso pelo Governo Federal.
Os representantes da Advocacia Pública Federal ressaltaram a importância da Advocacia de Estado para o pleno funcionamento do País e conclamaram o respeito à Constituição Federal, que garante percentual de reajuste anual a todos os servidores públicos e tratamento isonômico entre as Funções Essenciais à Justiça.
Os representantes associativos e sindicais das carreiras que participaram desse grande Ato Público enfatizaram também a intransigência do Governo Federal em apresentar qualquer proposta remuneratória nas mesas de negociação, que acontecem separadamente, mas que recebem até agora o mesmo tratamento por parte do Governo. E fizeram duras críticas à contratação de não concursados para compor os quadros do serviço público federal.
Os Dirigentes das entidades e sindicatos também destacaram a importância estratégica desempenhada por cada carreira e que é um momento histórico para o funcionalismo federal, já que os interesses da sociedade estão em risco com o sucateamento e enfraquecimento das instituições e de seus servidores.
“Em sua posse, o atual ministro do Supremo conclamou representantes de todos os Poderes a fazerem um pacto de respeito à Constituição Federal. Mas o que vemos hoje é um total desrespeito ao que traz a Carta Magna, principalmente no tocante à falta da revisão geral anual e tratamento isonômico entre as Funções Essenciais à Justiça”, afirmou Allan Titonelli, presidente do SINPROFAZ e do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal.