Os impostos sonegados de janeiro de 2014 até hoje atingem R$400 bilhões, valor que representa mais que o dobro da riqueza do DF, estimada em R$164 bilhões.
Com a proximidade do segundo turno das eleições em que os candidatos à presidência não apresentaram até agora em seus programas de governo um compromisso efetivo com a reforma tributária e o combate à sonegação fiscal, o placar do Sonegômetro atinge nesta semana a marca de R$ 400 bilhões em tributos sonegados em todo país. O valor supera em mais de duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal calculado em R$ 164 bilhões, de acordo com dados de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até o final do ano o contador eletrônico deve ultrapassar os R$ 500 bilhões.
Para demonstrar essa realidade ao cidadão, nesta quarta (15), o caminhão com o placar eletrônico da sonegação estará em frente ao Congresso Nacional. A iniciativa integra a campanha “Quanto custa o Brasil pra você?”, realizada pelo SINPROFAZ.
Para o presidente do SINPROFAZ, Heráclio Camargo, ainda há tempo da população exigir um compromisso dos candidatos em relação à sonegação fiscal. “A Carreira de Procurador da Fazenda Nacional está sucateada, em benefício de sonegadores e corruptos. Qual dos candidatos terá o compromisso público de estruturar a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e combater com efetividade a sonegação e a corrupção no Brasil?”, questiona o presidente.
Considerando que o Sonegômetro vai ultrapassar os R$500 bilhões até o final do ano, a comparação pode ser feita também com o PIB de todos os estados brasileiros. Ainda com base no estudo do IBGE de 2011 sobre o PIB por Unidades da Federação, o valor em tributos sonegados corresponde a 37,19% o PIB de São Paulo. A soma equivale ainda a 313,94% o PIB da Bahia e 2039,66% o PIB do Piaui.
Resultado de um aprofundado estudo desenvolvido pelo SINPROFAZ, o valor astronômico revela as consequências de um sistema tributário perverso, que reduz o poder de compra dos mais pobres e da classe média, provoca guerra fiscal entre estados e municípios, além de comprometer a competitividade do setor produtivo.