A ação faz parte da Campanha Nacional da Justiça Fiscal, concebida pelo SINPROFAZ, com o objetivo de denunciar o descaso do governo no combate à sonegação fiscal, enquanto a imensa maioria dos cidadãos suporta uma das maiores cargas tributárias do mundo.
O placar Sonegômetro foi criado em julho deste ano e antecipa que no dia 18 de dezembro chegaremos à cifra de 400 bilhões sonegados, batendo os 415 bi até 31/12, valor que representa 10% de toda a riqueza gerada pelo Brasil. Os números foram obtidos após estudo realizado pelo Sindicato, indicando que a carga tributária poderia ser reduzida em 30%, mantendo o mesmo valor da arrecadação atual, caso não houvesse sonegação.
Além disso, o SINPROFAZ alerta para a relação direta entre sonegação e corrupção, exigindo do governo respostas efetivas para duas questões inadiáveis: reforma tributária baseada no princípio da capacidade contributiva e reestruturação da AGU e PGFN, órgãos de Estado que têm a legitimidade Constitucional para combater a corrupção e a sonegação, mas que se encontram desestruturados e defasados de pessoal.
Enquanto os Procuradores da Fazenda, que são advogados públicos concursados, atuam em condições de total precariedade tecnológica e sem carreira de apoio, pessoas e instituições poderosas se sentem seguros da impunidade, fazendo da sonegação sua principal fonte de lucro. Com essa fortuna, financiam caixas dois de campanha, propinodutos e mensalões. O governo mantem-se indiferente à essa realidade, preferindo o caminho mais fácil, que é aumentar a tributação sobre os cidadãos mais pobres.