Autonomia e fortalecimento da Advocacia Pública em pauta na OAB/RJ – SINPROFAZ

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10 set, 2013

Autonomia e fortalecimento da Advocacia Pública em pauta na OAB/RJ


As inconstitucionalidades do PLP 205/12 foram discutidas em ato público realizado nesta segunda, 09/09. O evento também colocou em debate projetos que visam a reforçar o papel do advogado público e suas prerrogativas.

O evento, promovido pela Comissão de Procuradores, Defensores e Advogados Públicos da Seccional da OAB no Rio de Janeiro, reuniu parlamentares, dirigentes associativos e sindicais e membros das carreiras da Advocacia Pública. O presidente do SINPROFAZ, Heráclio Camargo, participou dos debates.

Em seu pronunciamento, o presidente do Sindicato foi enfático ao comentar que “atos representativos, como o promovido pelo Dr. Ronaldo Campos na OAB do Rio de Janeiro, demonstram a força da Advocacia Pública do Brasil, que não aceitará passivamente as monstruosidades contidas no PLP 205 de 2013”.

E completou: “restou demonstrado pelos doutrinadores presentes que não há margem para desconsiderarmos os comandos constitucionais do princípio do concurso público e do modelo eminentemente público da Advocacia de Estado, insculpido na Carta Magna como função essencial à Justiça”.

O ato foi aberto pelo presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz. Ele reiterou que o posicionamento da Ordem em defesa da carreira pública fazia parte do seu papel institucional.

O presidente da Comissão de Procuradores, Defensores e Advogados Públicos da OAB/RJ, o PFN Ronaldo Campos e Silva, afirmou que a luta contra o projeto é em prol de uma advocacia pública com mais autonomia e garantia de prerrogativas para exercer sua importante função. “Entendemos que o advogado público precisa compreender a vontade política do governante, mas não se confundir com essa vontade; precisa viabilizar a política pública escolhida pelo governante, mas com o distanciamento de quem pode apontar os caminhos da legalidade e os valores e princípios da Constituição”, afirmou.

O professor da UERJ, Gustabo Binenbojm, e a Procuradora do Banco Central, Luciane Moessa, foram palestrantes no evento.

Gustavo Binenbojm falou sobre os pontos do PLP que considera inconstitucionais, como a dupla subordinação – a administrativa, às autoridades do Poder Executivo e a técnica ao advogado geral da União. A Procuradora do BC, Luciane Moessa, falou sobre as propostas que reorganizam as carreiras da Advocacia Pública e preveem a autonomia institucional (PEC 82/2007 e PEC 452/2009), cuja aprovação é necessária para o fortalecimento da profissão.

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O coordenador das comissões da OAB/RJ, Fábio Nogueira, também participou da mesa de trabalhos. O evento foi prestigiado ainda pelo deputado Alessandro Molon (PT/RJ), que lembrou do importante ato ocorrido na semana passada no Senado Federal, em Brasília: o lançamento oficial do Movimento Nacional pela Advocacia Pública, que resultou na criação da comissão especial da PEC 82/2007.

 

Com informação da redação da Tribuna do Advogado – OAB/RJ. Fotos: Lula Aparício



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