Depois do lançamento do Sonegômetro em 5 de junho com uma ação em Brasília, o SINPROFAZ vai realizar nova atividade para divulgação da ferramenta, desta vez na cidade de São Paulo.
O intuito é chamar a atenção da população para os altos índices de sonegação fiscal. O placar circulará pelas principais vias da cidade mostrando em tempo real o quanto o país deixa de arrecadar todos os dias. Avenida Paulista, Praça da Sé e outros pontos no centro da cidade são alguns locais por onde o Sonegômetro irá passar na segunda e terça-feira.
Atribuindo a São Paulo a mesma metodologia adotada nacionalmente, foi possível mensurar que o estado deixa de arrecadar cerca de R$ 132,8 bilhões por ano. O valor equivale a 24,5% do total arrecadado considerando os impostos das três esferas: federal, estadual e municipal ou a 9,6% Produto Interno Bruto (PIB).
“Para se ter uma ideia, se não houvesse sonegação fiscal em São Paulo, os contribuintes atuais poderiam ser desonerados em quase 25% da carga atual sem que a arrecadação fosse prejudicada”, explica Allan Titonelli Nunes, presidente do SINPROFAZ.
O “Sonegômetro” foi criado a partir de um estudo desenvolvido pelo Sindicato sobre a sonegação fiscal no país. Também é possível acompanhar a contagem pelo endereço eletrônico www.sonegometro.com e ter acesso a diversas informações sobre a justiça fiscal no Brasil. A contagem do “Sonegômetro” começou no dia 1º de janeiro deste ano e já está próxima dos R$ 200 bilhões.
De acordo com o estudo, a arrecadação brasileira poderia ser 23% maior caso fosse possível eliminar a evasão tributária. “Isso significa que, se não houvesse sonegação de impostos, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em até 20% e ainda sim manter o mesmo nível de arrecadação”, destaca o presidente do Sindicato.
Repercussão
Mesmo com pautas importantes disputando a atenção da mídia, o Sonegômetro foi um dos temas mais comentados na semana de seu lançamento. E a repercussão continuou intensa nos dias seguintes.
Várias matérias foram publicadas em veículos impressos e eletrônicos. Além da mídia de Brasília e da mídia nacional, a pauta alcançou os veículos regionais e também a imprensa internacional. Foi destaque ainda em discursos no plenário da Câmara Federal.
Visibilidade da carreira
Nas oportunidade de divulgação do Sonegômetro, o presidente do SINPROFAZ, Allan Titonelli, sempre faz o alerta de que a falta de carreira de apoio, o não provimento de todos os cargos efetivos, os sistemas informatizados inoperantes, entre outros problemas estruturais da PGFN, acabam por causar comprometimento no combate à sonegação, gerando a sensação de que o governo está negligenciando ou atuando para favorecer certos grupos econômicos.
Em complemento, Titonelli reforça a produtividade da PGFN, um órgão superavitário e essencial para o combate à sonegação. Não resta dúvida, portanto, que ações como a que houve em Brasília e também a agenda programada para São Paulo reiteram a necessidade de valorização da carreira de Procurador da Fazenda Nacional e de se garantir estruturas adequadas de trabalho.