O SINPROFAZ lança nesta quarta-feira, 5, em Brasília, o Sonegômetro, placar online da sonegação fiscal no Brasil, que apresenta em tempo real o quanto o país deixa de arrecadar todos os dias, por meio do endereço eletrônico www.sonegometro.com.
A contagem começou no dia 1º de janeiro deste ano e até a data de lançamento terá ultrapassado a casa dos R$ 130 bilhões. Como parte da ação desta quarta haverá um painel móvel, com o placar da sonegação fiscal, circulando pelas ruas de Brasília. O objetivo é atrair a atenção da população para uma questão tão importante, de forma inusitada.
Simultaneamente, o Sindicato realizou um estudo que revela que o país deixa de arrecadar R$ 415 bilhões por ano – o que corresponde a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O número mostra que a sonegação de impostos no Brasil atinge índices alarmantes. Para efeitos comparativos, com o valor sonegado nos primeiros cinco meses do ano, cerca de R$ 135 bilhões, seria possível construir 120.750km de estradas asfaltadas.
Os R$ 415 bilhões estimados de sonegação tributária são superiores a tudo que foi arrecadado em 2011 de Imposto de Renda (R$ 278, 3 bilhões), a 90% do que foi arrecadado de tributos sobre Folhas e Salários (R$ 376,8 bilhões) ou a quase metade do que foi tributado sobre Bens e Serviços (R$ 720,1 bilhões).
A campanha visa demonstrar, principalmente, que sem um efetivo combate à sonegação alimenta-se um círculo vicioso de alta carga tributária e de pulverização da concorrência desleal.
Sucateamento da PGFN
Desde ontem (4) a novidade vem chamando atenção dos veículos de imprensa. Nas conversas com jornalistas, o presidente do SINPROFAZ, Allan Titonelli, sempre faz o alerta de que a falta de carreira de apoio, o não provimento de todos os cargos efetivos, os sistemas informatizados inoperantes, entre outros problemas estruturais da PGFN, acabam por causar comprometimento no combate à sonegação, gerando a sensação de que o governo está negligenciando ou atuando para favorecer certos grupos econômicos.
Em complemento, Titonelli reforça a produtividade da PGFN, um órgão superavitário e essencial para o combate à sonegação.
Na matéria da Veja Online, por exemplo, o presidente do SINPROFAZ ressalta que o objetivo da iniciativa não é apenas pressionar os sonegadores. Para Titonelli, segundo informa a reportagem, o governo alimenta a prática, já que não investe em órgãos antissonegação. [“A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que poderia inibir a prática, tem 500 postos de trabalho para procuradores, mas o governo não preencheu as vagas”, diz o sindicalista.]
Outro trecho da matéria destaca a inoperância dos sistemas de informática: [“Tudo deveria estar integrado à Receita Federal, mas não é o que acontece”, afirma Nunes. E ainda há procedimentos que precisam ser feitos manualmente, como a confirmação de alguns tipos de pagamento, o que faz com que tais dados sejam processados de forma mais lenta.]
O SINPROFAZ convida os PFNs a visitarem o site da campanha www.sonegometro.com. E sugere que compartilhem nas redes sociais as informações do estudo “Sonegação no Brasil – Uma Estimativa do Desvio da Arrecadação”.
Acesse os links a seguir contendo as primeiras repercussões do Sonegômetro na mídia:
www.investimentosenoticias.com.br
www.investimentosenoticias.com.br
conteudoclippingmp.planejamento.gov.br