Em entrevista à TV SINPROFAZ, Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, falou sobre a distorção do modelo tributário brasileiro. De acordo com ela, cobra-se mais de quem tem uma capacidade contributiva menor e alivia-se aqueles que têm maior capacidade contributiva. Ao passo que a sonegação fiscal não é devidamente combatida, segundo Fattorelli, boa parte da DAU não é recuperada e grande parcela dos recursos arrecadados são desviados para o pagamento de uma dívida pública que nunca passou por auditoria.
“Nossa carga tributária não recai da mesma forma sobre toda a sociedade: quem poderia pagar mais, está pagando muito menos. Ademais, os estados destinam grande parte de sua arrecadação tributária para o pagamento de dívidas referentes ao passivo de bancos que foram privatizados. Em âmbito federal, estadual e municipal, temos identificado o funcionamento da dívida às avessas: em vez do aporte para investimentos, vigora um sistema que desvia recursos públicos para o setor bancário nacional e internacional por meio de mecanismos financeiros como a securitização.”
Assista à íntegra da entrevista: