O 18º Encontro Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional teve três dias de programação científica. Tadeu Alencar (PSB/PE), filiado ao SINPROFAZ, foi convidado da primeira mesa de debates. O deputado federal iniciou a fala saudando a Diretoria do SINPROFAZ, na pessoa do presidente Achilles Frias, e agradeceu a oportunidade de participar novamente como palestrante do evento. “É com grande alegria que venho anualmente ao Encontro do SINPROFAZ, o qual, este ano, ocorre em momento desafiador da vida política brasileira. Passamos por um processo eleitoral de muita tensão e radicalidade extrema”, afirmou, iniciando assim sua análise do cenário político nacional.
Segundo Tadeu Alencar, o desemprego é o mais desafiador dos atuais problemas do país. Para o líder do PSB, a situação torna essencial a luta contra a criminalização dos movimentos sociais. “Enquanto estiverem em cheque nossos princípios e valores, não nos faltará energia e combatividade. Mas esse papel de mera contestação é pobre diante da complexidade dos problemas do Brasil. Precisamos olhar para as desigualdades, para o desejo de mudança do povo, e ter uma postura contributiva em relação às pautas que virão. É imprescindível que estejamos preparados para enfrentar debates como os da reforma tributária e da Previdência, a qual, se vier nos moldes anteriores, será novamente objeto de resistência.”
Durante a fala, o deputado federal repudiou a campanha insidiosa e agressiva do governo contra os servidores públicos e reafirmou o orgulho pela Carreira, que não tem nenhum de seus membros envolvido em escândalos de corrupção. Tadeu Alencar criticou ainda o Estado ao mesmo tempo patrimonialista e burocrático e pediu aos Colegas que ampliem a visão para além da própria Instituição. “Essa onda ultraliberal, que prega o Estado mínimo, é a mesma que defende anistias e subsídios para a elite brasileira. O Estado mínimo vale apenas para quando se trata das conquistas dos trabalhadores e dos servidores públicos”, denunciou.
Tadeu Alencar concluiu a exposição falando sobre o PLP 459/17, que prevê a securitização das dívidas. “Não concordamos com a proposta que está colocada, cujo risco de aprovação, infelizmente, é enorme. A securitização é vista por governadores e prefeitos como um grande negócio, resultado da miopia provocada pela crise em que muitos estados se encontram. Vamos trabalhar para reduzir os danos do Projeto, apresentando emendas e destaques que limitem a securitização.” Em apoio, Achilles Frias lembrou as reuniões e audiência pública das quais o SINPROFAZ participou no Congresso Nacional. “Lutamos e continuaremos lutando, junto com a Auditoria Cidadã da Dívida, para que esse Projeto seja rejeitado”, afirmou o presidente do SINPROFAZ.